Nome: Olhos Azuis / Blue Eyes
- Origem: Brasil
- Ano de produção: 2009
- Gênero: Suspense, Drama
- Duração: 111 min
- Direção: José Joffily
- Montagem: Pedro Bronz
- Fotografia: Nonato Estrela
- Som: José Moreau Louzeiro
- Elenco: Irandhir Santos, Branca Messina, David Rasche, Cristina Lago
-
Sinopse:
Olhos Azuis acompanha a história de Marshall (David Rasche), chefe
do Departamento de Imigração do Aeroporto de Nova Iorque, que, em
seu último dia de trabalho, detém um grupo de latino-americanos,
expondo-os a uma série de situações humilhantes. Nonato (Irandhir
Santos) é um dos personagens que mais sofre na mão de Marshall.
Anos depois, os papéis se invertem. Marshall é um estrangeiro no
Brasil.*
Comentário
O filme
desenrola-se em dois momentos e cenarios diferentes, tem o inicio
cronológico em um dia de trabalho dos funcionarios da imigraçao
num aeroporto norte-americano. Essa equipe é quem checa os
documentos e toma a decisao sobre quem, dos vários estrangeiros que
ali chegam, vai ser deportado e quem poderá entrar nos EUA. Retrata,
por parte de alguns funcionarios, uma atitude de desprezo e deboche,
inicialmente velado, mas que vai se agravando a medida que o chefe,
Marshall, se embebeda.
A
arrogância e xenofobia de parte da população norte-americana em
relação a estrangeiros é o principal tema do filme, e é focado
sobre o tratamento dado aos latino-americanos, que são humilhados e
ridicularizados na entrevista para entrar nos EUA.
O outro
plano do filme se passa no Brasil, mostrando as andanças de Marshall
pelo país. Nessa parte vemos (superficialmente) o que um “gringo”
vê ao chegar no Nordeste, se embrenhando no sertão, com a
vegetaçao seca, as casinhas pobres de barro, o calor abrasador, o
forró...
Mas
creio que esse não seja o foco, nem a parte mais interessante da
obra. Na sala de espera do aeroporto estão um casal de argentinos,
uma cubana, uma turma de bolivianos e um brasileiro. São um a
um chamados para a entrevista. Além do preconceito, do desrespeito,
do abuso de autoridade, que conhecemos e encontramos na polícia, é
mostrado uma mulher, uma mulher negra compactuando e
participando da ridicularizaçao de gente vitima de preconceito,
assim como o que os(as) negros(as) as mulheres, os latino-americanos
tem enfrentado há séculos.
No
desenrolar dos fatos refletimos sobre a questão do discurso e de
adequação de alguns indivíduos provenientes de “minorias” ao
pensamento dominante, negando a sua própria condição de
marginalização e entrando no jogo preconceituoso do outro, a fim de
alcançar alguma posição na estrutura de poder, conseguir status,
se enquadramdo na lógica mesquinha do discurso que oprime.
A obra
traz uma discussão interessante e sempre atual além de uma montagem
envolvente que prende o espectador ao ver duas histórias se
desenvolverem paralelamente apesar de estarem em tempos e espaços
totalmente opostos.
- Origem: Brasil
- Ano de produção: 2009
- Gênero: Suspense, Drama
- Duração: 111 min
- Direção: José Joffily
- Montagem: Pedro Bronz
- Fotografia: Nonato Estrela
- Som: José Moreau Louzeiro
- Elenco: Irandhir Santos, Branca Messina, David Rasche, Cristina Lago
- Sinopse:
Olhos Azuis acompanha a história de Marshall (David Rasche), chefe
do Departamento de Imigração do Aeroporto de Nova Iorque, que, em
seu último dia de trabalho, detém um grupo de latino-americanos,
expondo-os a uma série de situações humilhantes. Nonato (Irandhir
Santos) é um dos personagens que mais sofre na mão de Marshall.
Anos depois, os papéis se invertem. Marshall é um estrangeiro no
Brasil.*
Comentário
O filme
desenrola-se em dois momentos e cenarios diferentes, tem o inicio
cronológico em um dia de trabalho dos funcionarios da imigraçao
num aeroporto norte-americano. Essa equipe é quem checa os
documentos e toma a decisao sobre quem, dos vários estrangeiros que
ali chegam, vai ser deportado e quem poderá entrar nos EUA. Retrata,
por parte de alguns funcionarios, uma atitude de desprezo e deboche,
inicialmente velado, mas que vai se agravando a medida que o chefe,
Marshall, se embebeda.
A
arrogância e xenofobia de parte da população norte-americana em
relação a estrangeiros é o principal tema do filme, e é focado
sobre o tratamento dado aos latino-americanos, que são humilhados e
ridicularizados na entrevista para entrar nos EUA.
O outro
plano do filme se passa no Brasil, mostrando as andanças de Marshall
pelo país. Nessa parte vemos (superficialmente) o que um “gringo”
vê ao chegar no Nordeste, se embrenhando no sertão, com a
vegetaçao seca, as casinhas pobres de barro, o calor abrasador, o
forró...
Mas
creio que esse não seja o foco, nem a parte mais interessante da
obra. Na sala de espera do aeroporto estão um casal de argentinos,
uma cubana, uma turma de bolivianos e um brasileiro. São um a
um chamados para a entrevista. Além do preconceito, do desrespeito,
do abuso de autoridade, que conhecemos e encontramos na polícia, é
mostrado uma mulher, uma mulher negra compactuando e
participando da ridicularizaçao de gente vitima de preconceito,
assim como o que os(as) negros(as) as mulheres, os latino-americanos
tem enfrentado há séculos.
No
desenrolar dos fatos refletimos sobre a questão do discurso e de
adequação de alguns indivíduos provenientes de “minorias” ao
pensamento dominante, negando a sua própria condição de
marginalização e entrando no jogo preconceituoso do outro, a fim de
alcançar alguma posição na estrutura de poder, conseguir status,
se enquadramdo na lógica mesquinha do discurso que oprime.
A obra
traz uma discussão interessante e sempre atual além de uma montagem
envolvente que prende o espectador ao ver duas histórias se
desenvolverem paralelamente apesar de estarem em tempos e espaços
totalmente opostos.
- * Adaptada do site: http://www.olhosazuisfilme.com.br/olhosazuis/